A vida passa e chega um momento em que você se pergunta se está
apaixonado pela pessoa ou pelo sentimento de amor em si. Como falar
sobre separação? Será que temos as palavras certas para descrever algo
que pode ser ao mesmo tempo totalmente mundano e completamente
transcendental, nos tirando do nosso cotidiano e nos fazendo sentir
parte de algo maior que nós mesmos? ‘Gotas de chuva na minha
janela’ oferece uma janela íntima para os grandes eventos e trivialidades
cotidianas de estar em um casal, proporcionando um retrato indelével
e profundamente comovente do amor nos tempos contemporâneos.
Uma peça simples sobre o amor e sua perda; uma contemplação de um
casal - foi apenas a perda do amor ou algo mais?
Da Coluna dos Críticos
“Duo de almas amorosas vivendo sob o mesmo teto sofrem a perda
não apenas da novidade, mas do significado da vida, à medida que
passam pelos anos de rotina, languidescendo em miséria e solidão cada
vez maiores, procurando alternativas. Não se pode dizer que essa crise
de meia-idade seja apenas uma realidade urbana de classe média alta,
mas também um fenômeno visceral em sociedades de diferentes tipos,
e sua tragédia apenas se torna mais sombria. A literatura de Omkar
Bhatkar explora a falta de propósito na vida, o tédio que domina
os relacionamentos e a solidão básica do ser humano por meio de
monólogos repetitivos e fluídos. Em uma rotina entediante, momentos
aparentemente sem sentido também podem agir como uma bombarelógio.
Marcos indecisos se tornam um padrão interminável. Através
de uma infinidade de microespaços, ‘Gotas de chuva na minha janela’
levanta muitas questões fundamentais sobre o amor e a união.”
Bharti Birje Diggikar
Poeta, Tradutora